quarta-feira, 18 de maio de 2016

VENTOS A FAVOR SOPRAM DO PLANALTO - por Edmar Bull

VENTOS A FAVOR SOPRAM DO PLANALTO
por Edmar Bull



A definição de Michel Temer como presidente da República trouxe, de imediato, um novo alento para o conjunto da economia do país, do qual faz parte a indústria do turismo como um todo e o agenciamento de viagens. Enquanto dirigente empresarial e presidente da Abav Nacional, identificamos sinais positivos na direção de cenários mais favoráveis. Percebemos que, a despeito das tensões naturais do processo de mudança no comando do país, Temer montou uma equipe com bons quadros e mostra determinação para a retomada do desenvolvimento. 

A manutenção da estrutura do ministério do Turismo, que não foi objeto de fusão nem de redução, leva-nos a acreditar que o nosso setor consolida sua força e conta com o reconhecimento de vetor econômico de peso. Nesse contexto, também cabe aplaudir a recondução de Henrique Alves ao comando do ministério. Agora em clima mais estável e favorável, os players do turismo brasileiro e o ministro poderão dar sequência a políticas esboçadas na gestão anterior, bem como firmar diretrizes otimizadoras de toda a cadeia turística. 

A retomada da confiança nos parece a pedra de toque da nova ordem que se estabelece. A Abav Nacional, as entidades congêneres e os parceiros setoriais estamos prontos para colaborar, subsidiar e contribuir com massa crítica para as tomadas de decisão que se fizerem pertinentes e adequadas. Na antessala da Olimpíada 2016, apostamos no reconhecimento da importância estratégica do turismo no reordenamento econômico do país. Temos a oportunidade singular de mostrar nossos atrativos através da janela midiática excepcional que se abre por ocasião do grande evento. O mundo aprecia o jeito brasileiro de receber, conforme atestam pesquisas realizadas após a Copa do Mundo 2014. 

Nosso ânimo e otimismo não se fundamentam em suposições ou feelings. Tomamos por base o fato de que o turismo lidera o ranking mundial dos setores que mais geram empregos e distribuem renda. A matriz econômica do turismo exerce impacto direto e indireto sobre outros 52 setores da economia. O Brasil, se ainda não completou a lição de casa em alguns itens infraestruturais importantes, já apresenta um rol de destinos muito bem resolvidos. 

Mais que praias paradisíacas em seu litoral imenso e belezas exuberantes em todo o interior do país, dispõe de cidades ricas em atrativos de lazer e entretenimento. Infraestrutura aeroportuária que se amplia e se moderniza, rede hoteleira bem resolvida e conexão digital com o mundo somam-se a modernos centros de convenções apropriados para a realização de eventos corporativos nacionais e internacionais. 

No momento em que se instala o novo governo, cabe lembrar que o mercado de viagens e turismo sempre foi o primeiro a entrar e o primeiro a sair dos vários cenários de crise já enfrentados. Viajar a lazer, a negócios e por conta de intercâmbio já se incorporaram ao hábito de consumo da maioria. Viajar para o exterior e pelo Brasil constituem prioridades entre os brasileiros de 18 a 34 anos de idade. Mais do que a compra da casa própria ou de um carro novo, a tendência é investir em viagens. Como recompensa, os viajantes conquistam mercados e vivenciam experiências que são altamente compensadoras. 

Por esses e outros fatores, nossa expectativa é a recuperação iminente, a partir do terceiro e quarto trimestres de 2016. O trade turístico quer (e vai ser) sujeito proativo e determinado na recuperação da credibilidade e do motor da economia nacional. 

Edmar Bull é diretor presidente da Copastur e presidente da Abav Nacional


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